Redes Cocriativas | práticas para uma colaboração essencial | Amsterdã
Por meio de práticas dialógicas a partir da escuta de histórias de vida dos participantes – inspirada pela abordagem do poeta, escritor e cientista alemão Johann Wolfgang von Goethe para observação de fenômenos naturais – a oficina propõe um percurso de vivências para tornar visíveis os aspectos delicados e profundos que sustentam os processos colaborativos e cocriativos.
Colaboração é a prática que nos permite viver o aspecto luminoso da transição. Se por um lado os velhos sistemas, baseados na escassez e no controle, fenecem gerando violência e destruição, por outro, novos padrões surgem vigorosamente produzindo vida e abundância. Quem pratica a colaboração se beneficia dos aspectos positivos da transição e ao mesmo tempo contribui para que ela aconteça.
Mas colaborar é bem mais complexo que cooperar (quando duas partes simplesmente coordenam ações e trocas para benefício mútuo). Colaborar é cocriar: criar o mundo juntos e criar a si mesmo em relação ao outro. Participar da realização do outro, sem abrir mão da própria realização. Uma consciência voltada simultaneamente para o individual e o comum, para dentro e para fora.
Para o filósofo Hans-Georg Gadamer, “o real entendimento sempre tem um custo de identidade”. A colaboração requer compreender as razões de se fazer o que se deseja fazer juntos, individuais e coletivas. Colaborar desafia cada criador-empreendedor-ativista a entender o jeito do parceiro enxergar o mundo. Mas, para que isso seja possível, é preciso observar o próprio olhar, desvendar os próprios motivos e “trair” as convicções. Só assim é possível superar conflitos e enxergar e sustentar juntos novas possibilidades.
4 e 5/nov/2019 | Amsterdã
Mais informações e inscrições no site do Munganga Theater.
Imagem: "In Hand" by cogdogblog is licensed under CC BY 2.0