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Divulgação dos residentes selecionados



A organização do Laboratório de Práticas Colaborativas e Projetos Sociocriativos | Emergências, em virtude da diversidade de áreas e do fato de vários projetos apresentarem relevância social equivalente, optou por abrir duas vagas extras de tal forma a contemplar empates surgidos durante o processo seletivo. Assim, a partir das inscrições priorizadas pela Comissão Curadora, foram contemplados 38 residentes dentre as 58 candidaturas recebidas.


Os seguintes critérios foram utilizados para o estabelecimento das prioridades para concessão das bolsas:


· Residir e atuar no Rio Grande do Sul (peso 2).

· Vocação colaborativa expressa pelo conjunto de respostas (peso 2).

· Envolvimento com redes, grupos ou comunidades (peso 2).

· Impacto sociocultural do projeto semente apresentado (peso 2).

· Currículo do candidato (peso 2).

· Cuidado no preenchimento da inscrição, mostrando dados relevantes e completos (peso 2).



Lista de residentes selecionados


Airton Gonçalves de Oliveira - Porto Alegre (RS)

Albertina Camara Ribeiro - Porto Alegre (RS)

Aleksander Aguilar Antunes - Pelotas e Recife (PE)

Alessandra Soares - Gravatai e Capão da Canoa (RS)

Alexandre Gindri Fávero - Dois Irmãos (RS)

Alexsandro Funck Ramires (Alex Ramirez) - Porto Alegre (RS)

Andréa Jaeger Foresti - Porto Alegre (RS)

Antonia Wallig - Porto Alegre (RS)

Bárbara Santos de Oliveira - Sapucaia do Sul (RS)

Carla Machado Souza - Porto Alegre (RS)

Carlos Roberto Soares Ferreira - Porto Alegre (RS)

Cláudia Madalena Kunst - Dois Irmãos (RS)

Cleber do Espírito Santo - Porto Alegre (RS)

Daniel Bender Ludwig - Porto Alegre (RS)

Daniela Tatsch Baptista - Porto Alegre (RS)

Danielle Paes Felix Figueredo de Andrade - Porto Alegre (RS)

Danilo Freire de Carvalho - Pelotas (RS)

Fernanda Brauner Soares - Porto Alegre (RS)

Fernanda da Silva Saraiva - Gravataí (RS)

Fernando Robson de Almeida - Porto Alegre (RS)

Gustavo Carvalho Bernardes - Porto Alegre (RS)

Hannah Rocha Rodrigues - ViamÃO (RS)

Igor Gonçalves Antão - São Cristóvão (SE)

Isandria de Azevedo Fermiano - Caxias do Sul (RS)

Kalinka Lorenci Mallmann - Santa Maria (RS)

Katia Cilene de Almeida - Porto Alegre (RS)

Lizandra Bulgaro Soares Beccon (Lizandra Ayello) - Porto Alegre (RS)

Marcelo Restori da Cunha - Porto Alegre (RS)

Natalia Sousa Guasso - Porto Alegre (RS)

Neli Miotto - Porto Alegre (RS)

Paola Correia Mallmann de Oliveira - Porto Alegre (RS)

Paola Saldanha de Oliveira - Santa Maria (RS)

Priscila Müller Lerias - Porto Alegre (RS)

Renata Peil Pinhatti - Pelotas (RS)

Roberto Ferreira de Freitas - Porto Alegre (RS)

Susete Roveda - Caxias do Sul (RS)

Yanaê Maiara Meinhardt - Santa Cruz do Sul (RS)

Zenilda Cardozo - Porto Alegre (RS)



Comissão Curadora


André Martinez - Facilitador / Criador do Laboratório Sociocriativo

Carolina Biberg - Coordenadora do RS Criativo

Julia Bertolucci - Produtora executiva e gestora cultural / Laboratório Emergências

Tayra Rezende - Ativista e pesquisadora



SOBRE A RESIDÊNCIA


Duração: de 25 de maio a 14 de setembro de 2021


Terças-feiras

19h às 22h30

Carga: 56 horas

Telepresencial (online, ao vivo e interativo | via Zoom.us)


Siga o Instablog do projeto @emergencias.lab

Emergência: qualidades ou propriedades de um sistema que apresentam um caráter de novidade com relação às qualidades ou propriedades dos componentes isolados. Edgar Morin

O Laboratório de Práticas Colaborativas + Projetos Sociocriativos é uma residência telepresencial com o objetivo de estimular processos de colaboração criativa, qualificando profissionais e projetos culturais de impacto social. O projeto é executado através do Edital Criação e Formação Diversidade das Culturas realizado com recursos da Lei Aldir Blanc nº 14.017/20.


Serão 16 encontros, contemplando 28 horas de capacitação em práticas de colaboração criativa e 28 horas de mentorias colaborativas com foco na concepção e no aperfeiçoamento de projetos. As mentorias contarão com a participação de provocadores especialmente convidados, lideranças de projetos de movimentos ligados a temas de transversalidades da ação cultural (educomunicação, participação cívica, direitos LGBTQIA+, políticas afirmativas para equidade racial e de gênero, etc). Estes provocadores serão curados de tal forma a responder necessidades emergentes do grupo participante, identificadas durante as inscrições e os primeiros encontros do programa.


O programa conta com acessibilidade para pessoas ensurdecidas ou com deficiência auditiva, que devem solicitar interpretação de Libras no formulário de inscrição.


O processo colaborativo estará presente em todo o itinerário do laboratório. Ao longo do desenvolvimento das práticas formativas e de qualificação de projetos, metodologias participativas permitirão a criação de uma comunidade de aprendizagem horizontal, em que cada participante será beneficiado com o conhecimento e a experiência de todos os demais (que o ajudarão a desvendar as dimensões de impacto de seu projeto). O mesmo ocorrerá durante as mentorias colaborativas, onde, por meio de práticas sociais reflexivas, o grupo atuará na facilitando o processo de autoconhecimento e desenvolvimento de cada colega. Tais práticas abrirão um espaço para a descoberta de conexões possíveis entre o participantes, para a criação de vínculos de confiança e para a produção de um ambiente favorável a futuras parcerias. Como resultado espera-se a tessitura de uma potente teia de colaboração.


Toda a jornada é telepresencial (online, ao vivo e interativa) por meio da plataforma Zoom.us.


TEMAS E CONTEÚDOS

1- Fundamentos gerais:

  • Polaridade, colaboração e competição;

  • Interdependência dinâmica entre processos biológicos e sociais;

  • Práticas e princípios femininos: eu multidimensional, estar em relação e comunidade; cuidado e nutrição;

  • Fenômenos e processos vivos;

  • Pensamento sistêmico e perspectiva de rede;

  • Redes colaborativas e criativas;

  • Operadores cognitivos. Auto-organização. Dialogia. O paradoxo consenso e dissenso;

  • Criatividade, complementaridade, diversidade e dissenso em sistemas de colaboração;

  • Tensões dinâmicas produtivas e criativas;

  • Sistemas determinados por problemas;

  • Metodologias participativas;

  • Ativismo Delicado, Práticas Sociais Reflexivas e observação fenomenológica de Goethe.

2- Sustentando o ambiente colaborativo e criativo: presença, telepresencialidade, confiança, horizontalidade, visão compartilhada, multiplicidade de perspectivas e linguagens.

3- Observando (e se observando nas) relações interpessoais e situações sociais: polaridades, relações de poder e sombras.

4- Cuidando de processos colaborativos: fluxo criativo (flow), emergências e colheitas.

5- Desenvolvendo habilidades colaborativas: observação, leitura e intervenção em processos vivos; auto-observação; escuta ativa; escrita reflexiva, sensibilidade e cuidado do tempo.

6- Ferramentas: metodologias sociais participativas, observação fenomenológica, dicas práticas.


7- Inteligência Sociocriativa, Padrão da dinergia dos quatro elementos: sentido, propósito, aprendizado e método. Padrão do intercontexto, para desenvolvimento e avaliação de projetos e organizações.

O laboratório traz a oportunidade de desenvolver habilidades pessoais e interpessoais tais como:

  • Facilitar processos de colaboração criativa e codesign.

  • Pensar projetos socioculurais de forma multidimensional.

  • Melhorar a interação das pessoas em seus hangouts e qualificar sua telepresencialidade.

  • Construir parcerias ganha-ganha e ambientes de confiança.

  • Qualificar a comunicação em equipes.

  • Articular redes afetivas e colaborativas.

  • Transformar dissensos e conflitos em capital para pesquisa e criação.

  • Engajar grupos e equipes em processos coletivos.

  • Facilitar a criação de visões compartilhadas.

  • Gerar espaços mais horizontais de aprendizagem.

  • Melhorar o relacionamento com clientes e parceiros.

  • Qualificar sua interação em processos colaborativos.

  • Ler e interpretar contextos e situações complexas (por meio de processos colaborativos).

  • Se apropriar dos temas tratados no curso, descobrindo os caminhos para aperfeiçoamento.



FACILITAÇÃO


André Martinez


Pesquisador independente, analista de sistemas, estudioso das abordagens sistêmicas e fenomenológicas. Formado pelo programa Artistas do Invisível (The Proteus Initiative / Instituto Fonte). Consultor e mentor em processos criativos. Fundador do Laboratório Sociocriativo. Trabalha na convergência cultura, inovação e desenvolvimento social e pessoal. Sua metodologia de formação de empreendedores criativos recebeu, em 2012, o Prêmio Economia Criativa, categoria Formação para Competências Criativas, concedido pelo Ministério da Cultura.

Veja minibio completa aqui.



INSCRIÇÃO E SELEÇÃO

Os participantes selecionados para o programa ganharão bolsa integral, devendo assumir compromisso em termos de assiduidade e pontualidade nos encontros, bem como compartilhamento de aprendizados no canal do Instagram do projeto.


As inscrições encerraram às 21h do dia 7 de maio de 2021.


A seleção de participantes foi realizada por comissão curadora indicada pelo Laboratório Sociocriativo, não cabendo recursos.



COLABORAÇÃO, CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO


A necessidade de capacitação técnica para aumentar a colaboração, gerando fluxo a partir de uma visão econômica de abundância, é tão concreta quanto para a ampliação da competitividade na perspectiva de uma visão econômica de escassez. É muito comum as pessoas acreditarem que, para colaborar, basta vontade e necessidade, que é uma prática orgânica, que simplesmente acontece. Essa afirmação é em parte verdadeira. Somos seres biologicamente programados para colaborar e os movimentos colaborativos espontâneos acontecem frequentemente na vida em sociedade, principalmente nos ambientes afetivos. Mas quando passamos a enxergar a colaboração como um recurso para criação e produção, como potência para gerar retorno econômico, como ferramenta para realização de projetos complexos, ou mesmo, paradoxalmente, como estratégia para sobreviver em mercados altamente competitivos (sim, os opostos são simultâneos), nos deparamos com algo que precisa ser ativado e gerido, algo que requer uma instrumentação própria e o desenvolvimento de novas habilidades. Ao acessarmos essa consciência, do quanto a prática colaborativa pode ser qualificada, nos damos conta de que tudo o que experimentamos até então como prática colaborativa é a ponta de um iceberg.

Profissionais e empreendedores passaram décadas munindo-se de repertórios, métodos e competências para controlar, planejar, dirigir, analisar, cumprir metas, lidar com hierarquias, entre outras práticas associadas a um mundo em que tudo aparentemente estava sob controle.


Mas o que vivemos agora é um momento de transição radical e acelerada que também nos confronta com outros desafios: lidar com o que não pôde ser previsto, improvisar, intuir, compreender, mediar, tecer relações nas divergências, interconectar, lidar com dinâmicas participativas horizontais, construir consensos, ver de forma multidimensional, manter a integridade em meio ao caos, cuidar do que está emergindo... Um momento que nos exige não somente novos recursos e habilidades, mas uma completa mudança na forma de ver o que realizamos.

A colaboração criativa, tema a ser trabalhado no laboratório, é uma prática específica de colaboração onde a interação entre pessoas permite a criação ou descoberta partilhada de algo novo (obras, produtos, movimentos, relações). Nesse tipo de processo, a criatividade surge a partir de significados e compreensões apenas possíveis devido à existência de um grupo, de uma rede de diversas percepções, repertórios, linguagens e experiências. Cada pessoa, ao integrar o círculo, gera possibilidades muito mais amplas que a simples soma dos conteúdos agregados pelo coletivo.

Em um tempo de crise, incertezas e impermanências, a colaboração criativa passa a ser um recurso indispensável para semear e nutrir redes de parceiros e clientes, aumentar a abundância econômica e visualizar oportunidades e possibilidades que, de tão novas, não somos capazes de enxergar sozinhos. E, dependendo de como for articulada, a prática colaborativa criativa pode ser uma excelente oportunidade de autoconhecimento e desenvolvimento.

BIBLIOGRAFIA

Bennis, Warren; Biederman, Patricia Ward. Os Gênios da Organização - as Forças que Impulsionam a Criatividade das Equipes de Sucesso. São Paulo: Editora Campus, 1999.

Bohm, David. Sobre a Criatividade. São Paulo: Editora Unesp, 2011.

Esteves-Vasconcellos, M. A Nova Teoria Geral dos Sistemas. Dos sistemas autopoiéticos aos sistemas sociais. São Paulo: e-book, Livraria Cultura / Kobo Books, 2013. John-Steiner, Vera: Creative Collaboration. Oxford: Oxford University Press, 2000. Johnson, Steven: De Onde Vêm as Boas Ideias. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

Kaplan, Allan: Artistas do Invisível. São Paulo: Instituto Fonte e Fundação Peirópolis, 2005.

Maturana, H. & Varela, F. A árvore do conhecimento. As bases biológicas da compreensão humana. São Paulo: Editora Palas Athena, 2007. Paulus, Paul: Group Creativity: Innovation Through Collaboration. Oxford: Oxford University Press, 2003. Porto, Marta: Imaginação. Reinventando a Cultura. São Paulo. Pólen, 2019.

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